Alfrēds Rubiks, líder comunista letão |
Três anos depois da iniciada crise econômica, os letões castigaram o conjunto de forças da burguesia compradora e dos banqueiros, ainda que quem escreve também é consciente que falta muito mais para varrê-los do poder. A Letônia se juntou com Belarus e a Moldávia no lote de países da Europa Oriental onde, vinte anos depois da dissolução da União Soviética, vencem os comunistas. A lei ultranacionalista e anticomunista da Letônia proíbe os comunistas de apresentarem o seu nome sob o seu nome histórico. Assim, devem participar como Partido Socialista da Letônia. Dirigidos pelo último prefeito comunista de Riga, Alfrēds Rubiks (1984-1990), os comunistas letões converteram-se em uma força política muito importante, apesar da proibição que pesa sobre Rubiks (proscrição melhor dizendo) para que possa apresentar-se como candidato a cargos executivos letões. Atualmente é deputado no parlamento da União Européia.
A imprensa capitalista, principalmente a ocidental, classificou essa vitória como a de uma ''coalizão pró-russa'', embora isso está muito longe de ser verdade. Se bem os russos são uma muito importante minoria étnica (44% da população), as políticas do LSP estão dirigidas a garantir os direitos de todas as minorias étnicas que os ultranacionalistas letões consideram como ''soviéticos'', ou seja, ''estrangeiros''. A Letônia é atualmente membro da União Européia e da OTAN, no qual não recebeu benefício algum. A crise econômica mundial repercutiu desta maneira no país: a contração chegou aos 4,5 % em 2008, em 2009 foi de 18% e em 2010 aproximadamente uns 4%. O desastre social traduz em uma taxa de desemprego de mais de 18%. Não existem motivos para motivar o Centro da Harmonia?. Não existem razões para votar nos comunistas? . A calamidade social da Letônia não teria ocorrido jamais nos tempos da União Soviética.
Os melhores resultados do Centro da Harmonia foram em Riga (41,56%) e Latgale (52,09%).
O programa do LSP e do Centro da Harmonia inclui a nacionalização e o ''trabalho conjunto'' de letões com os cidadãos atualmente considerados ''estrangeiros'' pelos ultranacionalistas. Também o aumento da inversão pública para o melhoramento geral do nível de vida. O LSP (Partido Socialista da Letônia, em letão: Latvijas Sociālistiskā partija, LSP) não integra a Internacional Socialista, e é partidário de uma política exterior independente das ordens de Bruxelas.
Os resultados eleitorais definitivos: http://www.velesanas2011.cvk.lv/report-results-3.html
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